O sexo é uma parte muito importante nas nossas vidas, mas é fundamental que seja sempre um momento de prazer para o homem e para a mulher. Homens e mulheres têm formas de ter prazer distintas e é preciso adaptarmo-nos para que as relações sexuais sejam bastante prazerosas. Por essa razão, o Homem Novus decidiu fazer um guia com dicas úteis sobre como fazer sexo.
Antes de olharmos para as dicas diretamente, importa referir aqui que o sexo pode não ter o mesmo significado e importância para todos. Se, para algumas pessoas, o sexo é apenas um meio de obter prazer, para outros é sinónimo de partilha.
Sem dúvida, o sexo pode ser vivido de formas diferentes e, se queremos ter relações sexuais maravilhosas, é importante termos consciência disso mesmo.
Além disso, para que o sexo seja bom, é importante que seja sempre feito em segurança. Proteger-se de infeções sexualmente transmissíveis é essencial para se sentir confiante e seguro durante o sexo. Por isso, o uso de preservativo é indispensável.
Agora que já esclarecemos alguns aspetos preliminares, vamos mostrar-lhe tudo o que precisa saber para ter (e dar) muito prazer.
Sexo: O que é e quais os tipos que existem?
O sexo refere-se a qualquer atividade ou ação que o possam excitar sexualmente. Por isso, o sexo pode incluir tanto o toque (usando várias partes do nosso corpo), como palavras. Embora associemos sempre o sexo ao toque de genitais e à penetração, estes dois fatores não são obrigatórios.
Independentemente de como o sexo é feito, este deve ser agradável e prazeroso para todos os envolvidos e tem de ser consentido.
Para ter uma ideia mais clara do que é sexo, vejamos agora quais os tipos que existem.
- Toques erógenos – Estes toques consistem em estimular sexualmente o(a) parceiro(a) usando as mãos ou outras partes do nosso corpo.
- Masturbação – Na mulher, a masturbação consiste no estímulo do clitóris, vagina e/ou ânus usando os dedos. No homem, a masturbação consiste em estimular o pénis usando as mãos. A masturbação pode ser levada a cabo sozinho ou acompanho. Também podem ser usados brinquedos sexuais.
- Vaginal – O sexo vaginal consiste na penetração do pénis na vagina (ou quando o pénis roça no órgão íntimo feminino), ou então quando duas vaginas se tocam (no caso de uma relação lésbica).
- Oral – Também chamado de sexo boca-genitais, consiste em usar a boca e a língua para estimular os genitais (pénis e vagina).
- Anal – O sexo anal consiste na penetração do pénis (ou vibrador) no ânus. Quando praticamos sexo anal, é fundamental que usemos lubrificante, pois este é um órgão que não tem lubrificação própria.
- Sexo virtual / sexo por telefone – Este tipo de sexo consiste em conversar e/ou partilhar imagens que causam excitação sexual através do telemóvel ou a partir da internet.
Desejo Sexual: O que é a Libido e como ela surge?
O desejo sexual, também chamado de libido, consiste no desejo que sentimos em fazer sexo. Na maioria das vezes, o desejo sexual é instintivo e constante. No entanto, alguns fatores podem afetar a nossa libido, como o stress, descontrolo hormonal, saúde mental e problemas físicos.
A toma de alguns medicamentos também pode interferir diretamente na nossa libido, sendo que alguns podem também retardar o orgasmo. Entre eles podemos referir:
- Anticolinérgicos (usados para tratar problemas de intestino, bexiga, pulmões, assim como no tratamento de tonturas e náuseas)
- Medicamentos para a hipertensão (tensão/pressão alta)
- Inibidores seletivos de recaptação de serotonina, assim como outros medicamentos usados para tratar problemas e condições de saúde mental
- Medicamentos usados em tratamentos hormonais
Qual a diferença entre Prazer Sexual e Orgasmo?
Apesar de muitas pessoas darem o mesmo significado ao prazer sexual e ao orgasmo, a verdade é que podemos sentir prazer sexual sem alcançar o orgasmo. O prazer é sentido sempre que existe uma estimulação sexual. Contudo, o orgasmo é sempre um prazer sexual (excitação máximo durante o sexo).
Nos homens, o orgasmo é muitas vezes associado à ejaculação, mas esta não é obrigatória. Poderás saber mais sobre o assunto no nosso artigo sobre Orgasmo Seco. O orgasmo é sempre a sensação de prazer máximo, independentemente de haver, ou não, ejaculação.
Nas mulheres, o orgasmo também se define pela sensação de máximo prazer, geralmente conseguido através da estimulação clitoriana.
Enquanto o orgasmo demora apenas alguns segundos, o prazer sexual é sentido ao longo de toda a relação sexual.
Como fazer sexo? 11 Dicas para melhorar as suas Relações Sexuais
Uma das principais razões para que o sexo não seja prazeroso para o casal é a falta de diálogo. Este ainda é um tema tabu e muitas pessoas têm dificuldade em falar sobre sexo, mesmo com o seu parceiro (ou parceira).
Ao não falarmos sobre o assunto, acabamos por não esclarecer o que funciona entre o casal, ou não. Sem diálogo e sem conhecimentos sobre a anatomia do outro, dificilmente conseguimos ter uma relação sexual prazerosa.
Mesmo em relações longas, quando os parceiros se conhecem bem, é preciso manter um bom diálogo sobre a sexualidade. Ao longo do tempo, o que antes podia funcionar, agora já não é tão bom, é possível querer experimentar posições diferentes e brinquedos sexuais, ou até colocar em prática algumas fantasias sexuais.
Sendo assim, a primeira dica é: converse sempre com a sua parceira (ou parceiro). Tente perceber o que dá prazer ao outro e explique do que gosta e como gosta. Desta forma, será mais fácil ter (e dar) mais prazer.
Vamos agora ver mais algumas dicas para que a sua vida sexual fique ainda melhor!
1 – Acabe com a monotonia
Quando estamos numa relação mais longa, é muito comum que o sexo se torne monótono, até porque entramos quase em “modo automático”. Sem dúvida, ter relações sexuais desta forma é tudo menos excitante e atraente.
Saber, de antemão, que vamos fazer duas ou três posições sexuais (sempre as mesmas) faz perder qualquer ânimo. Além disso, limitarmos o sexo a essas mesmas posições faz com que deixemos de experimentar coisas novas e igualmente prazerosas.
Para acabar com a monotonia, experimente fazer uma lista com posições sexuais que nunca experimentou, ou que raramente são feitas, e converse com a sua parceira para perceberem quais se sentem confortáveis em realizar. Pode também incluir outros fatores, como a inclusão de brinquedos sexuais ou o uso de roupas mais atraentes.
Além disso, pode começar a fazer sexo noutros cómodos da casa. Às vezes, só o facto de mudarmos de lugar faz com que a excitação aumente e melhore significativamente o sexo.
Outro aspeto a ter em conta é a espontaneidade. Sabe aquela sensação de olhar para o relógio e saber que está a chegar a hora de ir para a cama e ter relações? Não há tesão que aguente tal monotonia. E isso vale tanto para os homens quanto para as mulheres. Por isso, faça sexo em horários diferentes e sem que seja “esperado”.
2 – Descubra novas sensações
O nosso corpo tem várias zonas erógenas e, erradamente, limitamo-nos ao pénis e à vagina. Temos vários pontos sensíveis no nosso corpo e deixar de os explorar é um erro enorme. Assim, quando estiver com o seu parceiro (ou parceira), experimente tocar em outros pontos do corpo, como, por exemplo:
- Mamilos
- Pescoço
- Lábios
- Orelhas
- Coxas (parte interna)
- Costas (principalmente a parte inferior)
Acaricie, beije, dê pequenas mordidas e passe a língua nestas partes do corpo. Mas não precisa limitar-se a estas zonas. A pele é muito erógena, por isso explore todos os centímetros!
3 – Conheça o seu corpo
Conhecer o nosso corpo é fundamental para sabermos o que funciona, ou não. Por isso, para ter bom sexo, primeiro tem de se conhecer. Toque o seu corpo, masturbe-se e perceba aquilo que mais gosta.
A masturbação, além de ser ótimo para conhecer o seu corpo, traz vários benefícios para a sua saúde, como aumentar o fluxo sanguíneo e diminuir o stress.
4 – Trabalhe a sua autoestima
A autoestima interfere diretamente na nossa vida sexual, pois quando temos uma baixa autoestima não nos sentimos confiantes e acabamos por não nos sentir tão à vontade na hora H.
Quando nos sentimos inseguros em relação ao nosso corpo, ou quando temos complexos com alguma parte do nosso corpo, além de não estarmos tão livres na hora do sexo, podemos ter menos libido.
Assim, para que o sexo seja bom, é importante estar bem consigo mesmo e com o seu corpo. Todos temos partes do corpo que gostamos menos, mas não é isso que faz com que a outra pessoa não nos considere atraentes.
Por isso, liberte-se de complexos e trabalhe a sua autoconfiança. Vai perceber que esse fator vai melhorar, e muito, a sua satisfação no sexo, assim como o seu próprio desempenho durante as relações sexuais.
5 – Liberte-se de preocupações e do stress
O stress e as preocupações do dia a dia podem prejudicar imenso o nosso desempenho e satisfação sexual. Além disso, estes fatores podem afetar a própria relação, com surgimento de discussões sobre assuntos que, em outra altura, não seriam tão relevantes ou levados tão a “peito”.
É fundamental que os problemas não afetem a relação e, para tal, o diálogo é imprescindível. Converse sempre com a sua parceira (ou parceiro) sobre aquilo que o está a deixar incomodado e preocupado e procure atividades que o ajudem a libertar-se do stress (exercício físico, meditação, yoga, ou até sair com os amigos podem ser excelentes opções para tirar um pouco o foco dessas preocupações).
6 – Depois do sexo, converse sobre a experiência
Sabemos que é difícil mantermo-nos acordados depois do sexo. No entanto, antes de se deixar levar por aquele soninho bom, experimente conversar com a sua parceira sobre sexo. Pergunte o que ela mais gostou, o que poderia ser diferente, fale sobre as suas fantasias sexuais, do que sentiu…
Como dissemos, o diálogo é fundamental quando queremos ter relações sexuais inesquecíveis. Esta partilha com o outro é a melhor forma de evoluirmos no que diz respeito ao sexo, até porque cada casal tem as suas preferências.
7 – Não deixe para depois o que pode fazer agora
Sabe aqueles momentos em que sente desejo sexual, mas acaba por “deixar para depois” porque tem outras coisas para fazer? Esta é uma situação muito comum na vida de um casal, principalmente depois que se mora com a outra pessoa. O dia a dia é muito corrido, com várias tarefas rotineiras (e piora quando existem filhos!).
No entanto, o sexo é uma parte muito importante na vida de um casal. Por isso, é crucial que deixe espaço para o desejo. Não torne a sua vida sexual em mais uma coisa que tem de colocar na agenda para não se “esquecer”.
8 – Experimente lubrificantes
Algumas mulheres podem ter uma lubrificação vaginal baixa e existem vários fatores que podem influenciar, como o stress, o uso de anticoncecionais, a desidratação, entre outros. Por isso, o uso de lubrificante pode melhorar (e muito) o sexo.
Mesmo quando a mulher está extremamente excitada e, teoricamente, sem necessidade de lubrificante, este pode ser um grande aliado, até porque muitas mulheres afirmam que com o uso deste é mais fácil alcançarem o orgasmo.
Evite os lubrificantes à base de óleo, pois estes podem danificar o preservativo. Opte por aqueles à base de silicone ou de água. Evite todos os lubrificantes que contenham açúcar ou glicerina, pois estes elementos podem criar infeções fúngicas, além de alterar o pH vaginal.
9 – Deixe a imaginação fluir
Se sexo com hora marcada é terrível para um casal, o mesmo podemos dizer de relações sempre iguais. Por isso, inovar e deixar a imaginação fluir é imprescindível. Experimente posições novas, incluir brinquedos sexuais, fazer sexo em lugares diferentes ou até enviar nudes para a sua parceira (ou parceiro).
Às vezes, pequenas mudanças podem trazer resultados fantásticos, principalmente quando estamos num relacionamento longo. E nem é preciso aventurar-se a fazer sexo em locais públicos! Experimente fazer sexo na cozinha, ou na sala, por exemplo.
10 – Experimente uma massagem em casal
Se a ideia é aumentar a excitação e trazer algo novo para o sexo, a massagem em casal é uma ótima escolha. As massagens feitas em casal são excelentes preliminares e podem ajudar bastante a alcançar o clímax. Utilize lubrificantes com duplo efeito (massagem e lubrificante vaginal).
11 – Não descure o sexo oral
Você até pode ser génio na cama, mas se não souber fazer um bom sexo oral, está a perder pontos. O sexo oral é capaz de levar homens e mulheres às “nuvens”, mas precisa ser bem feito. A prática, neste caso, ajuda muito. Por isso, treine bastante e perceba como a sua parceira se sente durante o sexo oral. Não tenha medo de perguntar como ela gosta e quando gosta.
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Como fazer Sexo Seguro?
Sexo bom é sexo seguro. As doenças e infeções sexualmente transmissíveis (DSTs e ISTs) muitas vezes não têm cara. Além disso, sexo sem proteção pode levar a uma gravidez indesejada e não planeada. Por isso, proteger-se é fundamental.
Quando está com uma parceira há algum tempo e existe confiança na relação, o uso de contracetivos hormonais é uma solução. No entanto, estes não nos protegem contra ISTs. Se está com uma parceira há pouco tempo, ou se não sabe se a sua parceira tem, ou não, uma infeção ou doença que seja transmissível durante o ato sexual, o melhor é tomar precauções.
Os métodos de barreira são os únicos que nos garantem que estamos protegidos. Estes incluem:
- Preservativo masculino
- Preservativo feminino
- Barreiras dentais (para sexo oral)
Para evitar que a doença ou infeção se prolifere para outras partes do corpo, troque o preservativo sempre que alterar o tipo de sexo (oral, vaginal, anal).
Para garantir que está saudável, realize exames que detetam ISTs. Converse com a sua parceira (ou parceiro) para que este também realize os mesmos exames.
Infeções Sexualmente Transmissíveis mais comuns
Existem várias infeções sexualmente transmissíveis. Enquanto umas não apresentam sintomas graves e são fáceis de tratar, outras são bem mais sérias. Vejamos!
- Clamídia – Esta IST raramente apresenta sintomas, dificultando o diagnóstico caso não se realize um exame laboratorial. No entanto, é possível que pessoas com clamídia apresentem corrimento amarelado e com presença de pus, perda de sangue depois do sexo ou entre menstruações, corrimento anal, sangramento anal e micção dolorosa e/ou frequente. Se não for tratada, a clamídia pode originar dor pélvica crónica, infertilidade em mulheres, gravidez ectópica, assim como outras doenças inflamatórias.
- Herpes Genital – Esta é uma das ISTs mais comuns no mundo e, embora não seja perigosa, não tem cura. Entre os sintomas mais comuns destacam-se bolhas e úlceras nos genitais.
- Gonorreia – Embora possa ser (algumas vezes) assintomática, quando não tratada a tempo pode levar a outras doenças inflamatórias, gravidez ectópica e infertilidade feminina. O tratamento é feito à base de antibióticos.
- HPV – O vírus do papiloma humano é uma das ISTs mais comuns (estima-se que cerca de 60% das pessoas têm HPV). Não há cura para esta infeção, mas é possível controlá-la. Dependendo da estirpe do vírus, pode levar a cancro no útero (sendo a principal causa para o desenvolvimento deste) e no pénis.
- Tricomoníase – Embora a maior parte das pessoas não apresente sintomas, a tricomoníase pode originar comichão e dor nos genitais, corrimento, odor forte e dor durante a penetração e ao urinar.
- HIV – O HIV é um dos vírus sexualmente transmissíveis que mais causa receio (e com razão). Não existe ainda cura, mas atualmente existem medicamentos que conseguem manter a carga viral baixa, reduzindo os sintomas e o risco de transmissão do HIV.
Como fazer sexo bom?
Fazer sexo bom é bem mais do que penetração. Sem dúvida, para que uma relação sexual seja prazerosa, é essencial que conheçamos bem o nosso corpo e o corpo da(o) nossa(o) parceira(o).
Por isso, se ainda não se dedicou a estudar um pouco sobre a anatomia do sexo oposto, está na hora de começar a aprender. Leia sobre o assunto, pois vai ajudar bastante a dar prazer ao outro.
Além disso, o diálogo é imprescindível. Converse com a(o) parceira(o) sobre sexo e perceba aquilo que gosta, o que não gosta, quais as fantasias sexuais que tem, ou o que gostaria de experimentar.
Caso esteja numa relação há muito tempo e sinta que a monotonia se instalou também na cama, está na hora de inovar. Siga as nossas dicas sobre como fazer sexo e verá que consegue “reavivar” toda a tesão do início do namoro.